Os acontecimentos de 21 e 22 de junho no Paraguai, que levaram à ruína do governo do presidente constitucional Fernando Lugo, ficarão como outro capítulo nefasto da história republicana do pequeno país sul-americano e da América Latina.
O golpe de Estado de novo tipo - chamado agora de julgamento político -, aprovado por uma ampla maioria no Congresso pela câmara de deputados e senadores, longe de intimidar, ratifica que a direita paraguaia e mundial permanece à espreita das mudanças que estão ocorrendo hoje na América Latina.Não importa que o processo iniciado em 2008 com a chegada do bispo católico à presidência não seja dos mais radicais do continente, nem que o poder fático tenha permanecido intacto nos quase quatro anos que governou. As forças reacionárias paraguaias, do continente e internacionais, se preocuparam mais pela maneira como a nação sul-americana, de pouco mais de seis milhões de habitantes, foi se inserindo, não com poucos tropeços, na onda integracionista da região.
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