terça-feira, 26 de agosto de 2014

En Banco Central de la República Argentina (BCRA) anunció este martes que el lunes revocó la autorización al Bank of New York –Mellon (BoNY) para operar en el país.

La medida se produjo en medio de la disputa entre el gobierno y un grupo de fondos de inversión (holdouts) que reclaman a Argentina el pago total de sus bonos soberanos.
El BoNY venía operando como agente de pago de la deuda argentina, pero quedó en medio de una controversia en junio pasado cuando el juez de Nueva York Thomas Griesa obligó a la entidad a congelar el pago por US$539 millones que Argentina había realizado para cumplir con los vencimientos de deuda de un grupo de bonistas.
Estos bonistas forman parte del 92,4% de acreedores que aceptaron reestructurar su deuda, y a quienes Griesa prohibió que se les pague hasta que Argentina cumpla también con los tenedores de bonos que no entraron en los canjes de deuda de 2005 y 2010, entre los que están los fondos demandantes, a los que Argentina llama “buitres”.
Al no poder cumplir con el pago de esos bonos, Argentina entró endefault el pasado 30 de julio.
Este martes también se anunció que el multimillonario George Soros y un grupo de fondos de inversión demandaron al BoNY en Londres por no haber girado el dinero que les correspondía por sus bonos argentinos reestructurados
Fonte: BBC

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Ucrânia compra armas em pleno auge da crise econômica

colagem Voz da Rússia
Caos na economia da Ucrânia


Um anúncio sobre novas despesas militares foi feito pelo presidente, Piotr Porochenko, no decurso de uma parada militar alusiva ao Dia da Independência. Em suas palavras, até ao fim do ano corrente, a Ucrânia gastará bilhões de grívnas a fim de modernizar o material bélico e, em 2015-2017, um montante de 40 bilhões, equivalentes a US$ 3 bilhões.


Por Sergeui Duz*, na Voz da Rússia


Ao mesmo tempo, no país já se fazem sentir sinais de uma crise econômica de larga escala. Em meados do verão, o ministro das Finanças, Alexander Shlapak, informou que o PIB da Ucrânia diminuirá, em 2014, em 6 a 6,5%, enquanto a inflação poderá atingir 19 pontos percentuais. A agência S&P prevê a queda seja na ordem de 7%. O politólogo ucraniano, Rostilsav Ischenko, salienta:

“A situação não é de crise, mas de super crise. A Ucrânia, como um Estado, não dispõe de finanças, sendo um país bancarrota, sem poder encontrar meios para os fins sociais. Não sei se os EUA irão ajudar a financiar a atual campanha militar. Penso ser pouco provável. Por isso, o país não tem outra hipótese senão um descalabro total. A questão é de saber se o Exército terá tempo suficiente para esmagar a resistência do sudeste. Nesse caso, vamos enfrentar uma outra realidade geopolítica, uma vez que o destino da Ucrânia será decido mediante conferência internacional.”

Kiev continua depositando esperanças especiais sobre a assistência dos europeus, em particular, da Alemanha. Berlim se dispõe a canalizar 500 milhões de euros para a reabilitação da região de Donbass. Porochenko até qualificou esta medida de um plano Merkel, por analogia com o plano Marshal para a recuperação europeia no período pós-guerra. Mas a premiê alemã não fez promessas concretas. Em suas palavra, os recursos serão destinados após uma conferência de países dadores, agendada para setembro. É óbvio que, antes disso, muita coisa poderá mudar tanto na Europa, como no sudeste da Ucrânia.

Mais uma fonte de ajuda econômico-financeira tem sido o Fundo Monetário Internacional. Na primavera, o Conselho de Diretores do FMI aprovou um programa bienal de créditos para o financiamento da economia ucraniana no valor de 17 bilhões de dólares. A primeira tranche, no valor de 3,19 bilhões, foi concedida no início de maio. A segunda tranche será estimada em 1,4 bilhões. Se a Ucrânia não obtiver esse dinheiro, chegará, sem falta, ao colapso financeiro. A possibilidade de obter essa soma é igual quase a zero, sustenta o economista, Valentin Katasonov:

“Todos se concentraram na Ucrânia sem prestar atenção à situação que se cria na Europa e ao estado das coisas no FMI. Ali, a situação é catastrófica também. Não sei por é que hoje pouco se fala de uma gravíssima crise atravessada pelo FMI. Como o Fundo pretende canalizar a ajuda financeira para a Ucrânia? Na UE, o quadro econômico também tende a piorar. Ninguém irá emprestar dinheiro à Ucrânia, por não haver meios para tal nem na Europa, nem nos EUA”.

As novas autoridades de Kiev têm demonstrado otimismo. Arseni Yatsenyuk, por exemplo, aponta duas vertentes que fomentem o crescimento econômico – o setor energético e agro-pecuário. No entanto, o sector de energia não sobreviverá sem o gás russo, enquanto a agricultura se encontra em estado agonizante. O professor catedrático da Escola Superior de Economia, Oleg Matveichev, opina:

“Ninguém quer se responsabilizar pelo estado das coisas na economia ucraniana. A setor agrícola se encontra em estado deplorável. Os grãos não foram semeados e, por conseguinte, não se colherão. As reservas oficiais est ã o em vias de se esgotar . As perdas se avaliam em 25%. Ninguém quer assumir a responsabilidade perante uma catástrofe social inevitável”.

Em tempos, a Ucrânia tinha terminado o período soviético com indicadores muito bons. Segundo Mikhail Delyagin, diretor do Instituto de Problemas de Globalização, ela combinava então uma indústria desenvolvida dos países bálticos e as riquezas do Transcáucaso. Diante dela, se abriam, naquela altura, as perspectivas aliciantes que pudessem provocar a inveja de qualquer ex-república soviética.

Mas foi assim que a Ucrânia não logrou tirar proveito da sua independência. Nos 25 anos passados, a população sofreu uma redução de quase 10 milhões de pessoas, cerca de outros 10 milhões estão vivendo abaixo do nível de pobreza. O setor agro-industrial foi desmantelado no governo de Yulia Timoshenko, enquanto o desenvolvimento da maquinaria outrora potente parou depois de cortados os laços econômicos com a Rússia.

Seja como for, a guerra civil continua sendo o maior problema do país, sustenta o politólogo, Pavel Svyatenkov:

“Por via de regra, o Ocidente, quando concede créditos, acompanha-os com a exigência de reformas liberais duras que, por sua vez, levam à recessão da economia. É muito difícil realizar reformas na altura da guerra civil. Por isso, o governo procura esmagar à força a resistência popular e, numa etapa seguinte, quando se estabelecer o controle sobre a maior parte do país, solicitar mais dinheiro. Na situação atual, as reformas econômicas dolorosas podem implicar a perda das alavancas do poder e uma nova revolta. Kiev está pedindo ajuda na esperança de sobreviver nos próximos meses”.

Para o governo de Kiev, um horizonte de planejamento não atinge os finais do ano. É-lhe necessário se manter no poder, custe o que custar, sem pensar em consequências e repercussões de longo prazo. Nisso consiste a causa fundamental das falhas econômicas mais recentes.

Para vencer a crise, aos poderes convém pensar não só em seus interesses, mas em milhões de compatriotas, colocados à beira de sobrevivência física.

*Articulista da emissora de rádio Voz da Rússia

Caos na Líbia é resultado da interferência dos EUA e da Otan

Sede do Ministério de Relações Exteriores da Rússia

O processo político de criação na Líbia de um Estado democrático moderno ficou em um beco sem saída, e a atual crise na Líbia foi o resultado da interferência dos EUA e seus aliados da Otan, declarou esta segunda-feira (25) o Ministério das Relações Exteriores russo.
"Podemos dizer que o processo político de criação na Líbia de um Estado democrático moderno por cima das ruínas do governo de Muammar Kadafi, deposto em 2011, finalmente chegou a um impasse", afirma um comunicado publicado no site do departamento.

Ao mesmo tempo, Moscou está convencida de que o atual caos na Líbia foi "um resultado direto da intervenção irresponsável dos Estados Unidos e seus aliados da Otan no conflito interno para derrubar o governo de Kadafi com o objetivo de uma "democratização" violenta do país".

Fonte: Voz da Rússia

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Brasil lançará foguete ao espaço em agosto

 
 
 
 
 O foguete de sondagem VS-30 será lançado no dia 29 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara
Está marcado para o dia 29 de agosto o lançamento de um foguete de sondagem VS-30 a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. Com 10,84 metros de altura e 1,8 toneladas de peso, o foguete deve levar ao espaço experimentos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da empresa Orbital Engenharia e do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), organização do Comando da Aeronáutica.
“O décimo terceiro voo do VS-30 será um marco importante para a indústria aeroespacial nacional, pois pela primeira vez será testado no Brasil um foguete com combustível líquido embarcado, fruto de anos de pesquisas no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial”, afirma o Coronel Avandelino Santana Júnior, coordenador geral da Operação Raposa, como foi batizada a ação de lançamento do VS-30.

“Com o sucesso da operação, novas possibilidades de desenvolvimento de motores foguetes a propelente líquido são abertas para aplicação em outros veículos aeroespaciais fabricados no país”, conclui o Coronel.
Entre as ações realizadas durante a campanha de lançamento está a instalação de um estação móvel de telemetria para recolher parâmeros de voo (pressão, temperatura, rotação, aceleração, vibração) que serão enviados pelo foguete em voo.
Também participam da Operação Raposa engenheiros alemães do DLR, a Agência Espacial Alemã, técnicos do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI), além dos esquadrões de transporte de carga e pessoal (1º GTT e 1º ETA), esclarecimento de área marítima (3º/7º GAv) e de Evacuação Aeromédica (7º/8º GAv). O Centro de Transporte Logístico da Aeronáutica (CTLA) participa com o transporte de material e equipamentos de apoio à campanha de lançamento.
Nos dias de lançamento, a Marinha do Brasil (MB) atua no isolamento do tráfego marítimo e na comunicação com os navegantes, bem como o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realizará a interdição do tráfego aéreo na área.
Na próxima quinta-feira (21/8), acontecerá o lançamento de um Foguete de Treinamento Intermediário (FTI) para testar os equipamentos em solo e preparar a equipe.



fonte: FAB

sábado, 16 de agosto de 2014

Programa Inova Aerodefesa fomenta o desenvolvimento do setor aeroespacial




Brasília, 15/08/2014 – Empresas dos setores aeroespacial e de defesa vão receber, já neste ano, importante incentivo para o desenvolvimento de projetos e produtos. Serão R$ 291 milhões não reembolsáveis que beneficiarão estudos, absorção de tecnologias, sistemas de vigilância e supervisão de bordo.
Trata-se do plano Inova Aerodefesa, que tem o objetivo de impulsionar a produtividade e competitividade do setor. O projeto é parte de um programa maior do governo federal chamado Inova Empresa, que prevê a articulação de órgãos, entre eles o Ministério da Defesa (MD), para dar apoio financeiro a projetos por meio de instituições de fomento.
A maior parte do investimento para 2014 é de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), que disponibilizará R$ 191 milhões em subvenção econômica para cooperação entre instituições de ciência e tecnologia e empresas. Os R$ 100 milhões restantes são provenientes do Fundo Tecnológico (Funtec) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Entre as instituições apoiadas pelo Inova Aerodefesa estão a Embraer, Avibras, Odebrecht e Imbel. Algumas delas conseguiram as duas linhas de financiamento: pela Finep e BNDES. As empresas aguardam a aprovação desses órgãos de fomento para terem acesso aos recursos e darem continuidade a projetos que também beneficiarão as Forças Armadas.
Estão previstas propostas sobre comunicações submarinas e sonar nacional; visão multiespectral para veículos blindados; radares; desenvolvimento de fibra de carbono; e bateria de uso militar.
Para acompanhar o desenvolvimento dessas tecnologias, os departamentos de ciência e tecnologia das Forças Armadas vão trabalhar em conjunto com as empresas contratadas. Além disso, as instituições beneficiadas precisarão enviar relatórios de prestações de contas para a Finep e o BNDES.
Incentivo financeiro
Além dos R$ 291 milhões não reembolsáveis previstos para 2014, outros R$ 8,4 bilhões poderão ser liberados em crédito reembolsável – que devem ser restituídos - para 64 empresas selecionadas, responsáveis por 315 projetos.
De acordo com o diretor do Departamento de Produtos de Defesa do MD, brigadeiro José Euclides Gonçalves, o programa Inova “sinaliza avanços em consonância com a política industrial e tecnológica do governo federal”. As empresas do setor, “de pequeno e médio porte”, segundo o diretor, “demandam urgentemente investimentos para que possam se tornar viáveis e competitivas”.
A Finep está em fase de conclusão das análises dos projetos para posterior aprovação. Os próximos passos preveem assinatura dos contratos e início dos convênios. A financiadora estabeleceu como meta o foco em empresas mais estruturadas, aumento no volume de contratações, aquisição de novos clientes e integração de instrumentos e políticas de governo.
Para o pesquisador Ronaldo Carmona, da Universidade de São Paulo (USP), “o Brasil deverá buscar um novo ciclo de industrialização, ancorado em setores intensivos de tecnologia, conhecimento e inovação. A área de defesa poderá ser um dos pilares centrais de uma etapa de reindustrialização”.
Sobre o programa
O programa Inova Aerodefesa foi instituído em maio de 2013, com a assinatura de protocolo de intenções entre os ministérios da Defesa; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e o da Ciência, Tecnologia e Inovação. O programa tem vigência de cinco anos, podendo ser prorrogado por igual período. Até 2017, serão liberados, ao todo, R$ 2,9 bilhões.
A iniciativa é dividida em quatro linhas temáticas: aeroespacial, defesa, segurança e materiais especiais. Nesse contexto, podem ser beneficiados projetos acerca de plataformas espaciais, foguetes, sensores, sistemas de identificação biométrica, armas não letais, ligas metálicas, resinas, tubos e propelentes sólidos.
Fotos: Tereza Sobreira e Embraer
Assessoria de Comunicação
Ministério da Defesa

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Petrobras confirma extensão de descoberta em área do pré-sal


Poço é o quarto perfurado na área de Júpiter, na Bacia de Santos.
Segundo empresa, amostras constataram 'grande jazida'.
Reuters
Da Reuters

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A Petrobras informou ao mercado nesta quarta-feira (13) que a perfuração do poço nomeado como Apollonia comprovou a extensão da descoberta na área de Júpiter, onde a empresa disse ter encontrado "grande" reserva de petróleo, gás e condensado, no pré-sal da Bacia de Santos.
O poço, registrado como 3-BRSA-1246-RJS (3-RJS-732), é o quarto perfurado na área de Júpiter, situado a 296 km do litoral do Rio de Janeiro.
Por ser identificado com o código 3, refere-se a um poço exploratório de extensão, que visa delimitar a acumulação de petróleo em um reservatório.
A descoberta, em lâmina d´água de 2.183 metros, está a 8 km a sudoeste do poço descobridor da jazida de Júpiter.
"A perfuração comprovou uma coluna de hidrocarbonetos de cerca de 313 metros, a partir de 5.166 metros de profundidade, com rochas apresentando boas condições de porosidade e permeabilidade", afirmou a estatal em nota ao mercado.
O comunicado também informa que o quarto poço constatou uma coluna de óleo de cerca de 87 metros de espessura e que permanecerá a ser perfurado, já que tem como objetivo atingir a profundidade final de aproximadamente 5.700 metros.
A Petrobras explicou que amostras coletadas no poço apresentaram características semelhantes às encontrados no poço pioneiro de Júpiter e nos dois poços de extensão já perfurados.
As descobertas dos quatro poços de Júpiter, segundo a Petrobras, indicaram uma "grande jazida" de gás (gás natural e CO2), condensado e óleo.
De acordo com informações no site da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a Petrobras comunicou à autarquia sobre resultados do quarto poço de Júpiter em 11 de agosto.
Um outro comunicado de descoberta de gás e óleo deste mesmo poço havia sido informado à agencia reguladora em 22 de julho.
Júpiter fica no bloco BM-S-24, que foi arrematado somente pela Petrobras na terceira Rodada de Licitação de Blocos Exploratórios de Petróleo da ANP, por 324.354 reais, em 2001.
Atualmente, o bloco permanece operado pela Petrobras, com 80% de participação, em parceria com a Petrogal Brasil, que tem os 20% restantes.
As empresas, que permanecem realizando o Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) de Júpiter, não deram estimativas de volumes para a área.
Apenas quando o PAD for concluído e quando a empresa tiver dados que comprovem a comercialidade da área, a Petrobras poderá apresentar a Declaração de Comercialidade para a ANP.

fonte; G1

sábado, 9 de agosto de 2014

Comercio Russia/China


"The Russian and Chinese central banks have agreed a draft currency swap agreement, which will allow them to increase trade in domestic currencies and cut the dependence on the US dollar in bilateral payments."

Tradução: Os bancos centrais russos e chineses concordaram um projecto de acordo de cambial, o que lhes permitirá aumentar o comércio em moedas nacionais e cortar a dependência do dólar nos pagamentos bilaterais.

Explicação: Por esse motivo entre outros os EUA invadiram o Iraque para derrubar um Ditador, que ameaçava não comercializar em dolar, Obama manda invadir agora a Russia ou a China!!! "...E agora José, José para onde..."

Fonte: Question More

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A PREDOMINÂNCIA DA DOUTRINA NAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS NA AMÉRICA

Durante os séculos XIX e XX, as doutrinas que prevaleceram no continente americano no desenvolvimento das relações internacionais marcaram de forma significativas as ações diplomáticas para o presente.
O pensamento diplomático no período evidenciou o unilateralismo e buscou de forma própria sintetizar os ideários do pan-americanismo e o monroeismo estadunidense . Nesse sentido, Diniz (2012, p. 63) aponta que da síntese dessas duas doutrinas surge uma terceira denominada doutrina Andrada compreendida na vital importância da mentalidade épica de um destino em comum e a política centrada na união dos países sul-americanos de forma independente na América.
O pan-americanismo latino agrega à compreensão da solidariedade latino-americana adjunta à luta pela independência na América hispânica, com a ideia de anfictiônica , como um governo supranacional da sociedade hispano-americana surgido no Tratado do Panamá e tendo como seu principal referente Simon Bolívar em sintonia para a integração política e econômica do continente com os aparatos criados no congresso do Panamá em 1826, para Diniz (2012, p. 63), em dicotomia há intenção da doutrina Monroe em 1823, suas raízes são advindas da Guerra de Secessão e portadora do sentimento sistêmico de relacionamento interestatal estadunidense que à época buscava a distinção da Europa absolutista e expansionista.
À margem e influenciada pelas ideias de independência e separatismo vindos da América espanhola, e por outro lado, dos Estados Unidos, a diplomacia brasileira respondeu mantendo elementos dos dois ideários. É possível ver o surgimento de um americanismo refletido na diplomacia do Brasil o conteúdo da Doutrina Andrada como aponta Diniz (2012, p. 63). Para o autor essa matriz diplomática é fundada nos aspectos “Nosso destino” e “União” centrado na política e nos componentes histórico e geográfico.
Sua avançada formulação colocava como prioridade da política externa a superação da vulnerabilidade externa, que se expressava pela defesa da unidade territorial e a busca de maior autonomia decisória do Estado Brasileiro em relação dos centros de poder, distanciando-se do paradigma das disputas ibéricas, que pautava as tensões entre as Américas hispânica e portuguesa. De igual modo, a política externa era vista como fonte de superação das disparidades internas, sendo por isso uma via para o desenvolvimento nacional (DINIZ, 2012, p. 64).
O pensamento diplomático brasileiro de forma própria e enfrentando desafio desde seu nascedouro, de acordo com Diniz (2012), foi forçado para tarefa de igual singularidade a partir de um país único em dialeto português cercado por uma maioria espanhola, ativa e servidora da integridade do território nas fronteiras e/ou para a integração desenvolvimentista pretendida pelo Brasil, aliada as ações militares de instalação de fortificações na Amazônia. Todavia, as ideias assimétricas da diplomacia e dos fardados brasileiros, em que pese a assimetria do segundo ao primeiro, são portadoras do ideário evocado por José Bonifacio de Andrada, José Maria da Silva Paranhos, Rui Barbosa.
A instabilidade das fronteiras e da manutenção do território torna-se preocupação constante dos países, que a predominância de uma ou outra doutrina poderia significar o equilíbrio das relações ou o caminho para ingerência sobre a soberania estatal das nações no continente sul-americano.
Para Rio Branco, a melhor maneira de se proteger contra atentados a soberania era garantir a estabilidade política da região na busca pela consolidação e ampliação da amizade brasileira com os países da America espanhola (CARDIN, 2002,).
A compreensão do trecho acima passa pela necessidade da integração respeitando os desequilíbrios existentes no desenvolvimento da América do Sul, além da percepção endógena referenciada no contexto de ausência estatal nas regiões periféricas, fragilidade das instituições, crise econômica e ameaça a soberania, ou na forma exógena, vinda da intervenção e mais pensamento estranhos aos países latino-americanos.
A análise de Cardin (2002) inclui Rio Branco no quadro de pretensão de integração pela via diplomática brasileira e o pensamento que a soberania brasileira depende de um grau de integração com destaque para as regiões Andina e Amazônica, até porque, as áreas carecem de desenvolvimento. E por tanto, sensíveis de interferência externa na lógica unilateral da doutrina estadunidense.
Dentro dessa lógica unilateralista a colaboração pretendida pelos Estados Unidos desnuda seu interesse pela America Latina. A expressão dessa vontade é vista na área econômica ou na intervenção nos assuntos internos das nações sul-americanas, já no campo das ideias a manifestação desse interesse espelha-se no pan-americanismo tendo como base no destino manifesto e solidariedade hemisférica com origem nas matrizes imperialistas europeias.
Segundo Bueno (1906), A União Pan-Americana pretendida pelos Estados Unidos assemelhava-se ao ocorrido na Europa nos paralelos do pan-germanismo, pan-eslavismo, que reproduziram a supremacia dos países-chave. O pan-americanismo conduzido pelos ianques retratava a vontade de hegemônica no processo de abertura para uma economia liberalizada e tendo a America Latina como área de expansão econômica e cultural, provocando nos países sul-americanos o temor da consolidação definitiva da hegemonia dos Estados Unidos.
Longe disso, o ideário de Simon Bolívar estava em assimetria à política imperialista da coroa britânica, isto visto, na diplomacia e na presença militar na América. E distinta do pan-americanismo evocado pelos Estados Unidos em consecução ao “Destino Manifesto”, tanto é que o verificado na História da América latina foi uma sucessão de interferências ianques que provocaram uma descontinuidade no processo institucional da região.
Para entender o processo de unidade e luta existente na America no período, é preciso observar a filosofia aglutinadora do pan-americanismo e a doutrina Monroe dentro da percepção como peças da mesma engrenagem de ascensão de Roosevelt na primeira década do século XX.
A primeira buscava suavizar as ações imperialistas da segunda no que diz respeito ao produto do desenvolvimento industrial norte-americano e sua consequência expansionista para o restante do continente. É na lógica de Pereira (2005), que se apresentam os elementos de ascensão dos Estados Unidos no cenário mundial, ocupando de vez o lugar de força imperialista na época.
É nessa quadra política que há a possibilidade de absorção da política externa implementada por Rio Branco em relação à nova potência que surge. Paranhos a frente da diplomacia apoiou várias intenções dos Estados Unidos no continente. Na percepção de Pereira (2005), Rio Branco trabalhou para ter a potência do norte como aliada nas pretensões do Brasil no hemisfério.
Subcapitulo do Trabalho de Conclusão de Curso do Discente AUGUSTO CLEYBE RIBON de titulo "ASSIMETRIAS ENTRE FORÇAS ARMADAS E DIPLOMACIA NA AMAZÔNIA"
Trabalho de Conclusão do Curso apresentado para obtenção da graduação no Curso de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências Sociais, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal.
Orientador: Prof. MSc. José Cauby Soares Monteiro