sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Escócia rejeita separação do Reino Unido em plebiscito

Escócia (Reuters)

Comparecimento nas urnas foi recorde e contagem atravessou a madrugada na Escócia
A Escócia votou para continuar como parte do Reino Unido, rejeitando a independência em plebiscito realizado na quinta-feira.
A apuração das urnas nas 32 regiões administrativas escocesas foi concluída na manhã desta sexta-feira. O "Não" (contra a independência) obteve 2.001.926 de votos, contra 1.617.989 do "Sim". Em percentuais, a vitória foi de 55,3% contra 44,7%.
O comparecimento às urnas foi alto, com participação de 84,59% dos eleitores registrados - o maior em um pleito no Reino Unido desde que as mulheres conquistaram o direito ao voto, em 1928.
O plebiscito encerrou dois anos de campanha e dá início a um processo de devolução de mais poderes à Escócia.
O primeiro-ministro, David Cameron, disse logo após o anúncio do resultado que o Reino Unido vai cumprir agora as promessas de dar mais poderes ao Parlamento escocês. Cameron, que sempre fez campanha contra a independência, se disse contente com o resultado.
O primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, que liderou a campanha pela independência, aceitou a derrota e pediu por união e para que as promessas de devolução de maiores poderes ao Parlamento escocês sejam cumpridas.
"Os partidos a favor da união fizeram promessas no final da campanha para devolver poderes à Escócia", disse ele a simpatizantes. "A Escócia espera que (essas promessas) sejam honradas rapidamente".
Mais de 4 milhões de pessoas – ou 97% do eleitorado – se registraram para votar no plebiscito. Pela primeira vez, eleitores de 16 e 17 anos também puderam participar da votação.
Salmond disse que o plebiscito e o alto comparecimento são um "triunfo para o processo democrático" e prometeu que cumprirá sua promessa de respeitar o resultado e trabalhar pelo benefício da Escócia e o Reino Unido.
Ele também destacou que partes da comunidade alheias à política foram engajadas pela campanha e pediu a seus partidários que refletissem o que tinham alcançado. "Não acredito que nenhum de nós, não importa quando entramos na política, teria pensado que tal coisa seria verossímil ou possível", disse ele.
Salmond (AP)
Primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, pediu o cumprimento de promessas de maiores poderes
Escócia (Getty)
Partidários do "Não" reagem ao anúncio de resultados na Escócia em plebiscito que rejeitou independência
O político trabalhista e ex-ministro das Finanças britânico Alistair Darling, que liderou a campanha "Melhor Juntos" - contrária à independência -, disse que os escoceses "escolheram unidade ao invés de divisão e mudanças positivas ao invés de uma separação desnecessária".
"É um resultado importante para a Escócia e também para o Reino Unido como um todo", disse.
Segundo ele, o resultado "reafirma tudo o que temos em comum e os laços que nos unem" e disse: "Que eles nunca sejam quebrados".
Darling reconheceu que a campanha apontou para a necessidade de mudanças, e apontou para o alto comparecimento nas urnas, dizendo que pessoas alheias à política participaram do plebiscito em grandes números. "Ao comemorarmos, vamos também ouvir", disse ele.

15 horas de votação

Os eleitores tiveram de responder à pergunta: "A Escócia deve se tornar independente"?
Glasgow, a maior área administrativa da Escócia e a terceira maior cidade na Grã-Bretanha, votou a favor da separação - 194.779 contra 169.347. Dundee, West Dunbartonshire e North Lanarkshire também votaram pelo "Sim".
Mas a capital escocesa, Edimburgo, rejeitou independência - 194.638 votos contra 123.927. O "Não" também venceu em Aberdeen por uma margem de 20.000 votos. A rejeição à independência também teve ampla vantagem em muitas outras áreas.
Escócia (EPA)
Contagem de votos de plebiscito ocorreu durante a madrugada
Escócia (AP)
Celebrações foram realizadas em diversas cidades na Escócia com anúncio de resultados
Escócia (Getty)
Partidária da independência chora diante de resultado de plebiscito que rejeitou separação da Escócia
O plebiscito começou às 7h locais (3h de Brasília) de quinta-feira e durou 15 horas, terminando às 22h locais (18h de Brasília).
A votação transcorreu tranquilamente em boa parte do dia nas 5.579 seções eleitorais espalhadas por todo o território escocês.
Segundo a Comissão Eleitoral, responsável pela votação, as seções eleitorais permaneceram cheias durante o dia, mas não houve registro de longas filas.
fonte: BBCBrasil

Bielorússia recebe nova reunião de negociação sobre a paz na Ucrânia

 Mulher deposita flores em local afetado pelos bombardeios do governo ucraniano contra Lugansk, no leste, no início de junho.

Reuters/Gleb Garanich - Mulher deposita flores em local afetado pelos bombardeios do governo ucraniano contra Lugansk, no leste, no início de junho.

A segunda rodada de negociações de paz na Ucrânia será realizada nesta sexta-feira (19) em Minsk, capital da Bielorrússia, assim como ocorreu no primeiro encontro, em 5 de setembro, quando foi acordado o cessar-fogo entre as forças ucranianas e os separatistas pró-russos. O anúncio foi feito ontem pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Bielorrússia.

Além das partes em conflito, participaram da primeira rodada de negociações de paz representantes da Rússia e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (Osce). Até o momento, apesar de algumas violações pontuais, o cessar-fogo tem sido considerado globalmente respeitado.

O ex-presidente da Ucrânia Leonid Kuchma, que representa o país nas negociações, declarou que as conversações devem ser difíceis. Segundo ele, a expectativa é que seja aprovado um documento que indique as ações a serem tomadas para a implementação do protocolo adotado desde a última reunião.

No dia 5 de setembro, o governo ucraniano e a população do leste do país acordaram um plano de paz para terminar com o conflito armado, que já dura mais cinco meses. Entre os 12 pontos que compõem o plano, além do cessar-fogo, está prevista a troca de prisioneiros, a criação de corredores humanitários e a concessão de um estatuto especial às zonas controladas pelos rebeldes no Leste da Ucrânia.

Donetsk e o exército ucraniano planejam nova troca de prisioneiros
Uma nova troca de prisioneiros será realizada pelas milícias de Donetsk e os militares ucranianos no próximo sábado (20), segundo informações de Daria Morozova, chefe do comitê para assuntos de prisioneiros de guerra da República Popular de Donetsk.

"A troca vai ser realizada às 12h00", detalhou. Espera-se que de cada lado sejam trocados 50 prisioneiros.
A troca ocorre como parte do acordo de trégua realizado no início de setembro. Outros pontos para a manutenção do cessar-fogo e a forma de aplicação destas resoluções serão discutidos nesta sexta-feira.

Da redação do Vermelho,
com informações da Agência Brasil e da Voz da Rússia

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

A escalada chinesa na Argentina

Com o titulo "A escalada chinesa na Argentina" a revistaonline VOTO, faz várias análises acerca das relação da argentina com Brasil, sua história e presença chinesa no país dos hermanos, acompanhanhem abaixo:



   A revista trás informações sobre o avanço chines no pais vizinho, porém, rarefeita de uma análise baseada nas referências da Relações Internacionais de poder na AmericanaLatina e as consequencias desse modelo de acumulação pra integração, todavia pode ser considerada de uma leitura interessante de facil namoro por ser tratar de mera resportagem em escala planetária.


FONTE: REVISTAVOTODIGITAL

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Putin prevê acordo de paz na Ucrânia até sexta e pede apoio de rebeldes

Voluntários treinam com forças ucranianas (foto: Reuters)

Proposta de cessar-fogo de Putin deve ser discutida por ucranianos e rebeldes
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira esperar que um cessar-fogo seja estabelecido entre forças do governo ucraniano e rebeldes pró-Rússia até a sexta-feira.
Em declarações durante uma visita à Mongólia, Putin pediu que os rebeldes colaborem e suspendam seu avanço militar no leste ucraniano. Por outro lado, ele também pediu que forças do governo de Kiev se retirem da área.
O líder russo propôs um plano com sete pontos (veja tabela abaixo) para chegar ao cessar-fogo que teria sido apoiado pelo presidente ucraniano Petro Poroshenko. Os dois conversaram por telefone.
"Nossas visões sobre como resolver o conflito, assim me parece, são muito próximas", disse Putin.
A proposta deverá ser discutida na sexta-feira em uma reunião em Minsk, capital de Belarus, entre representantes da Rússia, dos rebeldes e da Ucrânia.

Pressão

A divulgação da proposta ocorre em um momento em que a Rússia é pressionada pela União Europeia, que discute a adoção de novas sanções contra o país, e após a decisão da França de suspender da venda de um navio de guerra a Moscou.
Segundo o correspondente da BBC em Moscou Oleg Boldyrev, se aprovado, o plano de Putin deve ser desfavorável à Ucrânia na medida em que consolidará as posições de separatistas pró-Rússia nas regiões de Donetsk e Luhansk.
Há algumas semanas as discussões sobre um possível cessar-fogo tinham como ponto principal a saída dos rebeldes dessas regiões.
Cerca de 2,6 mil pessoas foram mortas e mais de 1 milhão foram deslocadas de suas regiões desde que o conflito começou, em abril.

O plano de Putin para chegar a um cessar-fogo na Ucrânia

  • Forças do governo e rebeldes devem interromper "operações de ação ofensiva";
  • Militares ucranianos devem se retirar para áreas a partir de onde não possam bombardear áreas com população;
  • Monitoramento internacional do cessar-fogo;
  • Suspender o uso de aviação militar contra civis;
  • Troca incondicional de prisioneiros;
  • Estabelecimento de um corredor humanitário para a retirada de refugiados e entrega de ajuda;
  • Reconstrução de infraestrutura destruída.
Logo após a divulgação do plano de Putin, autoridades russas afirmaram que ele não abre caminho para um cessar-fogo entre a Ucrânia e a Rússia.
"Putin e Poroshenko realmente discutiram os passos que podem contribuir para um cessar-fogo entre a milícia e as forças ucranianas. A Rússia não pode fisicamente concordar com um cessar-fogo porque não faz parte do conflito", teria dito o secretário de imprensa de Putin, Dmitry Peskov, à agência de notícias RIA Novosti.
Apesar de Putin ter afirmado que o presidente ucraniano tem uma visão muito próxima à sua sobre um cessar-fogo, o premiê da Ucrânia, Arseniy Yatsenyuk, rejeitou o plano e disse que ele é uma tentativa russa de iludir o Ocidente.
O premiê afirmou que, com essa ação Moscou, tenta confundir a comunidade internacional às vésperas da reunião de cúpula da Otan – que ocorrerá na quinta-feira no País de Gales – e no momento em que a União Europeia prepara uma nova onda de sanções.
"O melhor plano para acabar com a guerra da Rússia contra a Ucrânia deve ter apenas um elemento: que a Rússia retire suas tropas, seus mercenários e seus terroristas do território ucraniano", afirmou Yatsenyuk.
Já os rebeldes pró-Rússia afirmaram que apoiam as propostas de Putin, mas não acreditam que o presidente da Ucrânia cumprirá o cessar-fogo.

Presidente russo Vladimir Putin (Foto: AP)
Plano de cessar-fogo é apresentado por Putin na véspera de cúpula da Otan
A caminho do País de Gales para a cúpula do Otan, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reiterou que há indícios “comprovados” de que tropas russas estão lutando em território ucraniano.
A afirmação foi feita durante um discurso em Tallinn, capital da Estónia, no qual Obama assegurou que a Otan protegerá todos os seus Estados-membros em caso de conflito.
O presidente americano disse que defender as capitais das repúblicas bálticas seria tão importante quanto proteger Paris, Berlim e Londres.
Ele afirmou que o cenário de uma Europa unida e pacífica está sendo ameaçado por uma tentativa de Moscou de alterar as fronteiras na região por meio das armas. Ele também incentivou os membros da aliança militar a sinalizar também seu apoio ao governo ucraniano.
A reunião de cúpula da Otan deve discutir na quinta-feira a criação de uma força militar de resposta rápida para proteger os países-membros contra uma eventual agressão russa.
Segundo o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, essa força teria tropas enviadas pelos Estados-membros em um sistema rotativo e poderia entrar em ação em 48 horas.
Para que ela possa entrar em funcionamento, a Otan deve armazenar armas e suprimentos em locais estratégicos nos territórios dos Estados-membros. A ideia é que esses recursos permitam que as tropas possam viajar rapidamente e atacar com força total se necessário.
Segundo a Otan, dessa forma seria possível proteger seus membros do leste europeu sem violar tratados que impedem o estabelecimento de bases permanentes tanto russas como da Otan na região.
Também nesta quinta-feira a Polônia revelou detalhes de exercícios militares liderados pelos Estados Unidos que envolverão tropas da Otan na região.
O Ministério da Defesa polonês afirmou que o exercício anual da Otan chamado "Rapid Trident 14" será realizado na Ucrânia – que não é membro da aliança.
A manobra envolverá centenas de militares de países como Estados Unidos, Grã-Bretanha, Polônia, Alemanha e Lituânia.
A Rússia, por sua vez, também anunciou a realização de exercícios militares.

fonte: BBC

Ucrânia aprova adesão à Otan

Secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen Secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen O governo ucraniano aprovou um projeto de lei que permite a revogação do estatuto neutro e traça um planejamento de entrada para a Otan, anunciou, nesta quarta-feira (3), o premiê, Arseni Yatsenyuk.
“Nas vésperas da cúpula da Aliança colocamos o objetivo de obter um estatuto especial nas relações entre a Ucrânia e a Otan, devendo essa última atribuir à Ucrânia um estatuto específico de parceiro número um”, frisou.

“A melhor solução seria a decisão sobre a adesão do país à Otan", acrescentou. "Mas, tal opção não seria fácil para os membros da Aliança Atlântica”.

A reunião de cúpula da Otan irá acontecer no País de Gales, nos dias 4 e 5 de setembro, quando serão discutidas, principalmente, as ações que serão tomadas em relação a crise no leste ucraniano.

No entanto, a simples revogação do estatuto ucraniano de neutralidade e não alinhamento não dá à Ucrânia uma possibilidade real de se incorporar a Otan. A avaliação de especialistas é de que esta é uma atitude com vistas nas eleições internas que se aproximam. A análise é que a permissão para que os ucranianos integrem a Aliança do Norte deve ser muito mais burocrática do que o discurso que tem sido propalado pelas autoridades.

As normas adotadas na Otan não admitem a filiação de países em disputas territoriais. Como se sabe, a Ucrânia reclama o retorno da Crimeia, que se reintegrou a Rússia após um refendo realizado em março deste ano.

Também nesta quarta-feira, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um acordo militar com a Estônia. A medida gera tensão nas relações com a Rússia, país com o qual a Estônia possui fronteira.

O acordo, que visa o reforço da presença militar dos EUA nos países Bálticos, inclui a instalação de mais unidades da Força Aérea norte-americana, aviões para a realização de manobras, na base naval da Estônia.

Da redação do Vermelho,
com informações da Voz da Rússia

Via Portal Vermelho

terça-feira, 2 de setembro de 2014

"...Si vis pacem bellum preparates..."

O Blog do Planalto começa hoje (2) uma série de matérias especiais em alusão à ‪#‎SemanaDaPátria‬. Nesta primeira postagem vamos falar sobre os projetos da Marinha do Brasil (Oficial) para a modernização da defesa brasileira, como o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos. Acompanhe e compartilhe:http://goo.gl/ET38XP ‪#‎7deSetembro‬


tradução: "...se queres a paz preparates para a guerra.."