quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Especialista analisa o plebiscito no Pará

A menos de duas semanas antes da votação que decidirá a possível divisão do Pará e a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, a campanha para o plebiscito no Estado começa a esquentar. Depois de um início morno, a população se envolve mais, realidade percebida nas últimas carreatas realizadas em Belém. De acordo com o cientista político paraense, Roberto Corrêa, diferente de um pleito por cargo eletivo, as frentes se baseiam mais em argumentos passionais do que racionais. Veja como pode ficar o mapa do Brasil O cientista fala que a frente do Não atiça o orgulho de ser paraense e faz muitas referências à diminuição do território do Pará caso sejam criados Tapajós e Carajás. Já os partidários do Sim provocam o orgulho regional, a esperança de tornar as cidades de Santarém e Marabá como capitais de Estados e o suposto esquecimento do governo estadual em relação ao interior do Estado. Corrêa considera normal que a campanha tenha sido mais fria do que em períodos eleitorais. Uma das explicações é que poucos políticos tomam partido - especialmente prefeitos - com medo de perder apoio do governo estadual. "Políticos costumam se envolver mais quando são diretamente beneficiados. As pessoas votam pensando no que o candidato pode oferecer de volta", disse o cientista, que é professor da Universidade Federal do Pará (UFPA). Verba Uma das evidências de que o plebiscito não empolgou os paraenses é a arrecadação das frentes divulgada no último dia 11. Líder da campanha pela criação de Carajás, o deputado estadual João Salame Neto (PPS) considera irrisório o valor recolhido por seu grupo até a semana passada, quase R$ 1 milhão. Apesar de ser muito maior do que o das outras três frentes, o montante está bem abaixo do teto estipulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de R$ 10 milhões. "O embate de ideias está esquentada, só que é mais em segmentos mais organizados e na classe média. A mobilização da população é menor, o que reflete na baixa arrecadação", afirmou Salame. O deputado estadual Celso Sabino (PR), coordenador da frente contra a criação do Estado do Tapajós, concorda que a campanha começou fria, mas afirma que isso vem mudando desde o fim da semana passada. No último domingo, o deputado diz ter havido participação de quase 2 mil veículos, em cinco passeatas por Belém. "A gente está trabalhando sem recursos, mas a vantagem é estar junto com o povo", afirmou ele sobre a baixa arrecadação da frente, de menos de R$ 40 mil. "Mas a última prestação de contas era provisória, ainda não era obrigatório contabilizar tudo. Ainda estamos emitindo recibos e coletando verba." A prestação de contas final será feita no dia 13 de dezembro, dois dias após a votação. fonte: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI5495440-EI306,00.html

O Pará depois do plebiscito

O Pará depois do plebiscito Independentemente do resultado do plebiscito, o Pará estará, inevitavelmente, dividido. E não há com que se preocupar, caso a vitória seja do "Sim". A vida da população do Pará remanescente não será afetada em absolutamente nada, exceto pelo fato de que a forma e extensão geográfica do estado do Pará estarão alterados, dados estes que mais de 90% dessa mesma população não têm a menor noção de quais são. Não há também com que se preocupar, caso o "Sim" tenha sucesso, com a vida da população dos dois novos Estados. A verdade é uma só: a vida dessa população melhorará muito com o "Sim". Negar isto é a maior mentira que alguém poderá pregar. Preocupante, e muito, é a possível vitória do "Nao". E se falarmos em probabilidades, ela não é pequena. Em sendo vitorioso o "Nao", novamente a vida da população do Pará que seria remanescente não será absolutamente afetada em nada e mais de 90% continuarão sem saber quais são a forma e a extensão geográfica do Estado. Ou seja, o plebiscito e seu resultado não acrescentam e nem retiram nada da população da região metropolitana de Belém e nororete do Pará. Nem mesmo conhecimento de geografia. Isto só interessa à elite dominante e aos políticos da Região Metropolitana de Belém. As consequências desatrosas, caso o "Nao" sagre-se vencedor, ocorrerão nas regiões divisionistas (Carajás e Tapajós). Não tenham dúvidas de que aquilo que já é ruim ficará muito pior. A mão pesada do Estado - que nas regiões é traduzida pela quase ausência - se mostrará muito mais dolorosa. A vida da população dessas regiões não será nada fácil. Dizer que não haverá retaliações é outra grande mentira que ninguém, sério, ousaria pregar. Os senhores do Estado serão impiedosos! Portanto, esse plebiscito interessa, de verdade, apenas para a população das regiões divisionistas e para a casta dominante de Belém, que, independentemente da coloração partidária, faz parte da mesma trupe que domina a política paraense há várias décadas. Para a população da Região Metropolitana de Belém, que decidirá verdadeiramente o plebiscito, o resultado não tem importância nenhuma em suas vidas. Estão na zona de conforto dos cavalos em desfile de 7 de setembro. Serão apenas a grande e mais importante massa de manobra. Cabe saber quem será o melhor manobrista. E como na última eleição para o governo, temos baianos e paraenses na direção e em lados opostos. Os baianos falharam naquela. Preventivamente, cabe aos que buscam os louros de uma possível vitória do "Sim" saber que suas também deverão ser as responsabilidades pelas mazelas e nefastas consequências, para as populações divisionistas, de uma possível vitória do "Nao". Grandeza será não se furtarem a isto. fonte: http://blogdoespacoaberto.blogspot.com/2011/11/o-para-depois-do-plebiscito.html

"Jurômetro"da Fiesp evidencia os males dos juros altos - Portal Vermelho


"Jurômetro"da Fiesp evidencia os males dos juros altos - Portal Vermelho

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Economista apresenta estudo de viabilidade de Carajás

Autor do estudo intitulado “Assimetrias regionais no Brasil – Fundamentos para criação do Estado de Carajás Autor do estudo intitulado “Assimetrias regionais no Brasil – Fundamentos para criação do Estado de Carajás”, de 650 páginas, o economista Célio Costa mostrou que a criação do Estado de Carajás é viável, técnica e economicamente. Durante a apresentação do estudo, Célio Costa revelou aos presentes que os principais dados técnicos levantados para elaboração do documentário foram coletados juntos ao IBGE, Secretaria do Tesouro Nacional, Balanço Geral do Estado do Pará e de outros órgãos. Segundo o autor do estudo, ele levou 16 meses para fazer os levantamentos e coletas dos dados em órgãos públicos para elaboração do documentário. O economista discorda do método de elaboração de outros estudos que dizem que o Estado de Carajás seria inviável, sob a justificativa de que os dados teriam sido levantados por meio do Produto Interno Bruto (PIB). Na exposição do estudo, Célio Costa mostra dados comprovando que o novo estado será plenamente viável, com superávit na sua implantação na ordem de R$ 1 bilhão, portanto, sem nenhum ônus para a União. O expositor exibiu na apresentação dezenas de gráficos indicando números e percentuais comparativos que dão a certeza de que o projeto tem fundamento positivo, apontando a emancipação como grande oportunidade de desenvolvimento da região estudada. (Fonte: Correio do Tocantins) Correio do Tocantins http://eventosredencao.com.br/?pg=not%EDcia&id=1852

Plebiscito para divisão do Pará entra na reta final Martha San Juan França (mfranca@brasileconomico.com.br) | Colaborou Priscilla Arroyo 07/11/11 14:11

Plebiscito sobre criação de Carajás e Tapajós entra em nova fase com campanha na TV e rádio; resto do país segue de longe. Começam para valer na sexta-feira (11/11) as campanhas contra e a favor da proposta de divisão do Pará em até três estados, criando duas novas unidades da federação - Tapajós e Carajás -, além do Novo Pará. O plebiscito está marcado para o dia 11 de dezembro e a propaganda em rádio e televisão (só no estado) começa um mês antes. As frentes pró-Carajás e Tapajós terão 20 minutos diários de propaganda, mesmo tempo da frente contrária à divisão do estado. Até lá, apesar de contar apenas com comícios, cartazes e adesivos, os dois lados se movimentam para conquistar os eleitores. "A elite política e empresarial já tem opinião formada, mas o povão que decide não, afirma o deputado federal Giovanni Queiroz (PDT-PA), cotado para ser governador do novo estado de Carajás. "Quem for mais competente na campanha e tiver melhor argumentação leva." Defensor ardoroso da separação, Queiroz sabe que os municípios do "norte" vão decidir o resultado do plebiscito e é lá que a equipe da Frente Pró-Carajás e Pró-Tapajós está centrando forças. Nas cidades que farão parte dos novos estados, a quase totalidade dos moradores vota pela separação. A esperança é de dias melhores em lugares que se queixam de abandono pelo poder do estado, por estarem situados a centenas de quilômetros do centro de decisões de Belém. É o caso de Marabá, que seria a provável capital de Carajás. A cidade situada às margens da Transamazônica, é mais conhecida por ser a quarta mais violenta do país. No entanto, apesar de estagnada, violenta, sem saneamento, carente de hospitais ou escolas, Marabá responde por 6% da riqueza paraense. Riqueza e devastação Parte da riqueza do município vem da exploração de minério de Parauapebas, a maior mina do mundo, localizada a cerca de 200 quilômetros de Marabá. No ano passado, Parauapebas, Marabá e Canaã dos Carajás responderam por 80% de todo o CFEM (royalties de mineração) arrecadado no Pará. Outra parte se origina da intensa atividade agropecuária que, junto com as indústrias siderúrgicas locais, foi responsável pela devastação ambiental que acabou com a floresta que existia ali no passado. "O dinheiro que sai daqui não volta", diz o comerciante Marcelo Lins, que fez do seu estabelecimento um ‘QG' da causa separatista, distribuindo folhetos com os dizeres "Carajás Sim. Bom para Todos", muito utilizados pelos motoristas de táxis e motoqueiros que circulam pela cidade. Mas nem só de anônimos vive a campanha. O trunfo dos separatistas é a propaganda de rádio e TV, sob a batuta do publicitário Duda Mendonça, um bem-sucedido fazendeiro com duas propriedades na região de Carajás, que prometeu assumir a campanha a custo zero. Também o banqueiro Daniel Dantas, do Grupo Santa Bárbara, dono de grandes propriedades ali, teria interesse na separação. Do outro lado, os jogadores Ganso e Pará, do Santos, doaram camisas autografadas da equipe para ajudar na arrecadação de fundos contra a divisão. A tudo isso, o governador Simão Jatene (PSDB) promete neutralidade. "Para o governo, cabe à população, a quem o assunto de fato interessa, se posicionar sobre o tema, o que será feito nas urnas", diz Jatene em nota oficial. Isso não impediu, que ele exonerasse o deputado federal Zenaldo Coutinho da Casa Civil para assumir a liderança da união. "Vamos ganhar, mas se não der, esperamos a decisão do Congresso Nacional", diz Coutinho.
Atenção: até o dia do Plebiscito estaremos publicando diversas matérias acerca do DEBATE
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sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A guerra do Pará

Plebiscito sobre a criação de Tapajós e Carajás, marcado para dezembro, já divide o Estado e provoca debates acalorados entre separatistas e unionistas. Campanha está nas ruas e invade a tevê na próxima semana por Izabelle Torres No próximo dia 11 de dezembro, os eleitores paraenses irão às urnas para decidir se concordam em dividir o Estado em três. Caso a maioria do eleitorado vote pela divisão, o Pará, hoje com área de 1.247.689 quilômetros quadrados, ficará com 17% desse território, Carajás, ao sul do Estado, com 35%, e Tapajós, localizado a oeste, com 58%. Mas antes mesmo do resultado da consulta, a população já está convivendo com um racha ideológico, marcado pela troca de acusações entre separatistas e unionistas. Em Belém, as ruas estão repletas de bandeiras vermelhas e adesivos com frases contrárias à separação. Camelôs vendem camisetas e expõem faixas pregando a união. Até o governo estadual e a prefeitura resolveram entrar na briga com propagandas institucionais que fazem referência à força de um Estado unido. Enquanto isso, nas cidades do interior, a ideia da independência gera discursos apaixonados de quem aposta na melhoria dos serviços públicos. O material, nesse caso, em cores verde e amarela, simboliza o sonho da separação e dá o tom de quem luta pela criação dos novos Estados. Para acirrar ainda mais a disputa, a medição de forças dos lados antagônicos invadirá as telas de tevê a partir do próximo dia 11, data do início das campanhas nos veículos de comunicação. Não faltam argumentos fortes dos dois lados. A região que pode abrigar Carajás é sede de empresas milionárias e, junto com Tapajós, é responsável hoje por mais de 40% da arrecadação de ICMS do governo paraense. Além disso, na área que deixaria de pertencer ao Pará encontram-se grandes projetos como as usinas de Tucuruí e Belo Monte e a Mina de Ferro Carajás – a maior a céu aberto do mundo – que é explorada pela Vale. Também estão em Carajás duas fazendas do publicitário Duda Mendonça, que pediu R$ 9 milhões para fazer a campanha a favor da separação. Diante da perda anunciada, o governo estadual tem trabalhado nos bastidores para preservar todo o território. O governador Simão Jatene (PSDB) escalou o deputado federal Zenaldo Coutinho (PSDB-PA), que comandava a Casa Civil do Estado, para encabeçar a frente antisseparatista. Além disso, pôs na rua uma propaganda institucional pregando que o desenvolvimento exige um Estado forte e vereadores passaram a acusar Jatene de usar a máquina administrativa para coagir servidores a votar pelo não. “Estamos fazendo uma campanha com tranquilidade e percorrendo diferentes regiões. Não faz sentido que 64% da população paraense fique concentrada em 17% do território”, defende Coutinho. Se, para sensibilizar os eleitores, as forças que pregam a manutenção do atual cenário revelam as contas sobre o possível estrago financeiro provocado pela divisão, a frente a favor da criação dos novos Estados trabalha para convencer os paraenses de que não haverá prejuízos. Só ganhos. Para o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA), que coordena a frente pró-Carajás e foi um dos maiores articuladores da aprovação da proposta do plebiscito no Congresso, os dados mostram que o Pará continuaria com a maior parte da arrecadação, cerca de 66% do ICMS, e ainda iria se livrar das despesas com cinco mil servidores, hospitais e escolas. Além disso, argumenta Queiroz, cidades como Belém, deixariam de dividir as cifras das receitas com os municípios que farão parte dos novos Estados. “O que precisamos mostrar é que vamos ganhar na governabilidade. A região que queremos tornar independente é esquecida pelo poder público. Há conflitos agrários graves, mortes e dados terríveis de crescimento. É preciso criar novas estruturas na região”, diz. O que mais pesa contra a divisão é justamente a criação das novas estruturas administrativas. Além da contratação de funcionários, seria necessário implantar uma máquina pública com hospitais, escolas e órgãos. A despesa pode ultrapassar R$1 bilhão por ano para cada novo Estado, segundo o pesquisador do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea) Rogério Boeiri. “A conta é alta e muitas vezes sobra para o governo federal. O que podemos dizer é que esses projetos separatistas interessam, e muito, aos políticos. É uma nova estrutura de poder que está em jo­go. São cargos, mandatos federais e estaduais, mais vagas e mais recursos”, opina o pesquisador. Antes de discutir sobre os bilhões que podem pagar a conta de um eventual novo Estado, separatistas e unionistas precisam fazer os cálculos dos custos do plebiscito. As campanhas nos veículos de comunicação terão início na próxima semana e, até agora, a arrecadação – pelo menos a oficial – das duas frentes ainda anda a passos lentos. Segundo dados declarados ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as frentes em defesa da separação arrecadaram R$ 87 mil, enquanto o grupo contrário recebeu pouco mais de R$ 22 mil. Diante desse quadro, os dirigentes dos dois grupos estão afinados pelo menos numa avaliação: acreditam que, quando começar a guerra no horário eleitoral, o ritmo de arrecadação vai melhorar. De resto, qualquer que seja o resultado do plebiscito, a divisão já deixou suas marcas no Pará. fonte http://www.istoe.com.br/reportagens/172265_A+GUERRA+DO+PARA

Estudantes da USP ocupam Avenida Paulista - Portal Vermelho


Estudantes da USP ocupam Avenida Paulista - Portal Vermelho foto portal R7

Proex define detalhes da nova moradia estudantil na UFPA

A Universidade Federal do Pará (UFPA) já dispõe dos recursos que serão utilizados na construção da nova moradia estudantil, a ser erguida no Campus III da UFPA, em Belém. Até o próximo dia 4 de dezembro, deverá ser feito o empenho da obra. Essas informações foram repassadas pelo pró-reitor de Extensão (Proex), professor Fernando Arthur Neves, durante a reunião, realizada nesta quinta-feira, 24, que definiu as primeiras providências para a elaboração do projeto arquitetônico e de engenharia. Além do pró-reitor, participaram do encontro representantes da Diretoria de Assistência e Integração Estudantil (DAIE), da Prefeitura do Campus e da Comissão da Moradia Estudantil da UFPA. fonte: www.ufpa.br

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Plebiscito no Pará chega à TV; saiba os argumentos de cada lado

11/11/2011 06h34 - Atualizado em 11/11/2011 07h36 fonte: G1 publica série mostrando expectativa dos paraenses sobre o plebiscito. Tahiane Stochero Do G1, em Belém, Santarém e Marabá
33 comentários Começa nesta sexta-feira (11) a campanha no rádio e na TV das frentes contra e a favor a criação dos estados de Carajás e Tapajós. O plebiscito que vai definir se os paraenses querem ou não o desmembramento do estado será realizado no dia 11 de dezembro. Os eleitores do Pará irão à urnas para responder a duas perguntas: “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Carajás?” e “Você é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós?”. Em um possível cenário de divisão do Pará, o futuro estado de Carajás será composto por 39 municípios, tendo Marabá como capital; o estado de Tapajós, 27 municípios, e Santarém como capital; e o novo Pará, 77 municípios, e Belém continuaria sendo a capital. saiba mais Entenda as regras do plebiscito Com divisão, maior estado teria menor PIB O G1 percorreu o Pará por dez dias para ouvir o que o povo pensa sobre a separação. Nos próximos dias, será publicada uma série de reportagens sobre o assunto. Os paraenses ouvidos pelo G1 que defendem o “não” afirmam que todo o Pará sairá perdendo com a separação. Já os moradores de regiões distantes de Belém, como Marabá e Santarém, defendem que só um governo mais próximo poderá gerar mais emprego e melhorar a infraestrutura básica, diminuindo a pobreza e a violência. O pescador Clementino da Silva Lisboa, em Belém (Foto: Tahiane Stochero/G1) Caso haja a separação, o novo Pará fica com 64% da população em apenas 17% da área do atual estado. Já Tapajós será o maior em extensão, com 59% da área territorial, e abrigará a futura Usina Hidrelétrica de Belo Monte, mas com uma população e um PIB menores. Carajás, com 24% do território, abriga cidades com alto fluxo migratório devido às riquezas minerais e aos movimentos rurais. Segundo dados do Ministério da Justiça, o avanço do crack e do oxi fazem com que o estado já nasça contendo as cidades mais violentas do país. Na região metropolitana de Belém, o “não” à separação está estampado em faixas e cartazes. “Acho que o estado deve continuar unido para crescer. Se dividir, todo mundo vai perder, porque vão separar todas as riquezas do estado e só vai gerar mais cargos para os políticos”, acredita a professora Maria Teodora, de 59 anos. No mercado público Ver-o-Peso, próximo ao porto, moradores da região discutem o tema. “É claro que quem mora em Belém sai perdendo. As riquezas ficariam todas com Carajás. Eu vou votar no não”, diz o vendedor Roberto Gomes Menezes. Já o pescador Clementino da Silva Lisboa diz que deve estar pescando dourado no Amazonas no dia do plebiscito. "Sempre fico semanas longe da terra. Acho que não devo votar. Mas meus filhos vão", afirma. População conversa no mercado público Ver-o-Peso, em Belém (Foto: Tahiane Stochero/G1) No interior do estado, o “sim” parece prevalescer. As campanhas pró-Carajás e pró-Tapajós trabalham juntas e defendem que só a separação fará com que haja desenvolvimento nas regiões onde a população reclama principalmente de problemas nas áreas de saúde, segurança e transportes. Para vencer nas urnas, apesar do menor número de eleitores nessas regiões, os defensores da criação dos dois novos estados apostam no feriado de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de dezembro. Acreditam que a população do novo Pará, principalmente de Belém, deve viajar no feriado e ficar longe do domicílio eleitoral. Mercearia de Raimundo Nonato, em Marabá (Foto: Tahiane Stochero/G1) Em Carajás, a dúvida é se a alta porcentagem de moradores procedentes de outros estados vota no Pará. Segundo o IBGE, quase um terço da população de Marabá não nasceu no estado. Na região, até mesmo os “estrangeiros”, a maioria procedente de Maranhão, Piauí, Goiás e Tocantins, defendem a separação. “É um absurdo o atraso em que vivemos, sem asfalto, sem esgoto, nessa violência. O dinheiro vai todo para a capital”, diz o cearense Jai de Sá Crato. “Não tem como piorar separando. Se os impostos que arrecadarmos ficarem aqui na região, terá mais investimento. Só pode melhorar. Marabá não tem nada”, desabafa o comerciante Raimundo Nonato, que expunha em frente a sua mercearia a carne de um porco recém-abatido. Em Santarém, a discussão gerou análises sobre os pontos positivos e negativos nas comunidades e a campanha pela criação de Tapajós está estampada em casas e é tema de conversas em barcos na orla. “Eu vou votar no sim. A maioria do povo viaja de barco, mas para o dia do plebiscito nos programamos para ficar na comunidade”, diz ao G1 a dona de casa Mariluce Branco, enquanto embarca para uma viagem de sete horas pelo Rio Tocantins até a comunidade ribeirinha de Lago Grande. Políticos O economista Celio Costa, contratado pelas campanhas pró-separação para analisar a viabilidade de Tapajós e Carajás, diz que, caso haja a divisão, “os três estados terão sobrevivência financeira e os dois novos receberão recursos da União que hoje não têm acesso”. Pelos cálculos de Costa, do total do orçamento do Pará em 2010 (aproximadamente R$ 10,54 bilhões), cerca de 88% foram gastos na área do novo Pará; 8%, em Carajás; e 4%, em Tapajós, que é o maior em área. Quando se analisam os investimentos (cerca de R$ 1,03 bi em 2010), 83,5% foram feitos no novo Pará, na região metropolitana de Belém; 11,5% (cerca de R$ 150 milhões), em Carajás; e 5% (R$ 69 milhões), em Tapajós, diz o economista com base no balanço do governo do Pará divulgado no Diário Oficial do estado. Area de palafitas sem esgooto na beira do rio, em Belém (Foto: Tahiane Stochero/G1) Líder da frente pró-Carajás, o deputado Giovanni Queiroz (PDT-PA) afirma que o desmembramento trará desenvolvimento. “Se separar, o progresso chegará nestas regiões. É um absurdo a situação de pobreza e falta de esgoto e asfalto nestas áreas. 40% da população do Pará vive abaixo da linha da pobreza e 20%, na miséria, com menos de R$ 70 por mês”, afirma. Defensor da criação de Tapajós, o deputado estadual João Salame (PPS) diz que só com a separação “o governo ficará mais próximo do povo, entendendo os problemas e podendo aplicar melhor os recursos”. “Nossa arrecadação fica toda com o que é o novo Pará”, diz. Para o deputado estadual Celso Sabino, que chegou a ingressar no STF contra a realização do plebiscito e está à frente da campanha do “não”, a hipótese de maior desenvolvimento caso haja a divisão não procede. “O erro começou com o desenho dos dois novos estados, que foi decidido em um grupo de políticos e não feito a partir de estudos antropológicos sobre o anseio da população. Os três estados acabarão mais pobres do que estamos hoje. Não é dividir, mas sim, endividar”, acredita. Em Belém, as sedes dos comitês contra a separação funcionam dentro da Associação Comercial do Pará. “Achamos que o plebiscito só vai acirrar os ânimos, jogar a população contra si mesma e não trará progresso. Não existe nada que comprove que o novo Pará irá perder com a separação, mas o que estudamos é que todo o estado deixa de ganhar”, diz Sérgio Bitar, presidente da entidade. Plebiscito Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a votação no dia 11 de dezembro será feita nas seções eleitorais das 8h às 17h e a apuração do resultado será iniciada após a conclusão do pleito, de acordo com os moldes das eleições tradicionais.

Venezuela denuncia presença de submarino nuclear em suas águas - Portal Vermelho


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Alípio Freire: Uma vitória histórica - Portal Vermelho


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Abaixo-assinado já arrecadou 2500 assinaturas para aprovar Projeto Jogos Internos da UFPA

Mais de 2.500 assinaturas de estudantes, professores e técnicos da Universidade Federal do Pará já foram recolhidas até esta quinta-feira, 10, para o documento que será encaminhado ao Instituto Oi Futura. O abaixo-assinado percorre os campi em formato digital e impresso e servirá como forma de manifestação de apoio da Universidade para a aprovação do Projeto Jogos Internos da UFPA, o qual concorre ao Edital do Programa de Incentivo ao Esporte, aberto pela empresa Oi. Para participar do abaixo-assinado acesse: http://www.peticaopublica.com.br/?pi=P2011N16157