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o 'establishment' brasileiro ainda não resolveu a crise colonial na chamada consciência nacional. O nacionalismo tupiniquim acaba sendo um neoportuguesismo tropicalizado. A corte de Dom Pedro II fazendo esforço de imitar a velha Europa. Entretanto, há mais de um motivo para que o "desvio de Paris" (cf. Octavio Paz) sirva para descobrir a América Latina desde as margens do Sena.
No caso do Pará, Paris n'América se verifica como um complexo de inferioridade com perfume de patchuli... Agora a integração da América do Sul vai produzir um choque às nossas elites: como é que não sabíamos antes? Vivemos num continente indígena onde antes de Orellana (1542) descobrir o Amazonas grandes migrações Tupinambás já haviam subido o Solimões e atingido a Amazônia peruana (cf. Diogo Nunes, 1530). Na verdade, sem arcos e remos do bom selvagem Pedro Teixeira sequer atravessaria a baía do Marajó: mas com 1200 tupinambás foi e voltou de Belém a Quito (Equador), entre 1637 e 1739. Sem desmerecer a estratégica participação de Portugal na formação do estado colonial no Brasil, falta incluir o índio na formação territorial e o negro na sociedade e na cultural para entender o momento que se está a viver neste século.
o 'establishment' brasileiro ainda não resolveu a crise colonial na chamada consciência nacional. O nacionalismo tupiniquim acaba sendo um neoportuguesismo tropicalizado. A corte de Dom Pedro II fazendo esforço de imitar a velha Europa. Entretanto, há mais de um motivo para que o "desvio de Paris" (cf. Octavio Paz) sirva para descobrir a América Latina desde as margens do Sena.
ResponderExcluirNo caso do Pará, Paris n'América se verifica como um complexo de inferioridade com perfume de patchuli... Agora a integração da América do Sul vai produzir um choque às nossas elites: como é que não sabíamos antes? Vivemos num continente indígena onde antes de Orellana (1542) descobrir o Amazonas grandes migrações Tupinambás já haviam subido o Solimões e atingido a Amazônia peruana (cf. Diogo Nunes, 1530). Na verdade, sem arcos e remos do bom selvagem Pedro Teixeira sequer atravessaria a baía do Marajó: mas com 1200 tupinambás foi e voltou de Belém a Quito (Equador), entre 1637 e 1739. Sem desmerecer a estratégica participação de Portugal na formação do estado colonial no Brasil, falta incluir o índio na formação territorial e o negro na sociedade e na cultural para entender o momento que se está a viver neste século.