sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Desafios assimétricos do Brasil

O Brasil, como uma potência em desenvolvimento, está baseando sua ascensão diplomaticamente sobre a integração regional, com o Brasil como líder natural da região. E para fazer isso, ele deve deslocar os Estados Unidos como nação hegemônica na América do Sul. A União de Nações Sul-Americanas (Unasul) é um esforço do Itamaraty, o ator principal que busca alcançar a união sul-americana na emulação da União Européia. Contribuindo para esse objetivo no cenário internacional, o Brasil é a favor de um mundo multilateral, em oposição a um mundo unipolar anglo-americano e portanto, trabalha em cooperação com outras potências emergentes para este fim, especialmente após agrupar-se aos BRICS, mas também aos IBSA (Índia, Brasil, África do Sul). O Brasil acredita que a ascensão de outras potências emergentes e o multilateralismo que ela representa seja a melhor garantia da sua própria ascensão. A própria ascensão econômica do Brasil, depende, em grande medida, do crescimento econômico dos parceiros BRICS como a China. Especialmente na sua exigência de recursos o que torna o Brasil um elegível parceiro totalmente aparelhado para lhe sanar as necessidades. A oligarquia Norte-americana entretanto, não olha com bons olhos a possibilidade desta “perda” de hegemonia regional. Em resposta a criação da incipiente UNASUL e da criação de um Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), os EUA reativaram a IV Frota, que permanecia adormecida desde 1950. Isto acendeu os protestos oficiais do Brasil e da Argentina quanto à finalidade da frota. Não para por aí, os EUA pouco depois anunciaram a sua intenção de estabelecer sete bases na Colômbia, provocando mais alarme nas nações sul-americanas, incluindo o Brasil. Além de criação destas entidades o Brasil e a política externa estão consciente de que o caminho necessário para o Brasil realizar o seu objetivo, passa pela integração regional e mais importante ainda, da garantia da hegemonia regional. Por isto o que já era estabelecido no meio militar já há algum tempo, passou a ser consciência de que a cobiça por nações estrangeiras na Amazônia, tanto na verde quanto na Azul (em momento oportuno) não são meros devaneios e já estão se ajustando e se preparando em conformidade a realidade que se avizinha. site: Planobrasil

Nenhum comentário:

Postar um comentário