segunda-feira, 16 de maio de 2011

Opinião do Presidente da UNEGRO-PA sobre a Divisão do Estado





A União de Negros pela Igualdade No Estado do Pará-UNEGRO-PA fará intenso debate junto a seus filiados e simpatizantes para tirar um posicionamento coletivo sobre a Divisão do Estado do Pará, que foi aprovado na câmara dos Deputados quinta-feira, dia 05 de maio de 2011. O decreto legislativo prever uma consulta plebiscitária ao povo paraense para em seguida promover o desmembramento de nosso território,se assim for o desejo da maioria.

É justo que a sociedade se mobilize para encontrar novas formas de organização visando sua melhoria econômica e social e todos os paraenses devemos envolvermos nos nesse debate para averiguar o real motivo da proposta separatista, assim como o ônus e o bônus dessa opção organizativa que estão a implantar em nosso território.

De início temos os grupos políticos que de um lado defendem a unidade territorial e de outro a divisão, mas nenhum e nem outro leva em consideração os benefícios que uma suposta divisão ou manutenção de nosso espaço teria na vida dos que nele vivem. Estão sempre preocupados em contabilizar o ganho e a perca do poder que lhes podem render nesta ação.

Já a condição de vida do povo fica sempre em ultimo lugar. Precisamos reagir a essa situação e colocar em primeira mão os benefícios para o povo, pois ninguém apresentou até o presente momento estudos sérios sobre o impacto comparativo na vida socioeconômica de cada cidadão, ou seja, como ficaria a população desses supostos Estados com a divisão e como caminharia esse mesmo núcleo populacional com a unidade paraense.

Quero dizer que pelo que tenho observado e estudado a respeito dessa questão o povo é o que menos se beneficia com a divisão, o que está por trás desse jogo é o poder político, do qual só participa uma pequena, digo ínfima, minoria da população. Por isso não me agrada nenhum pouco essa idéia dos separatistas.

Sabemos que os proponentes da divisão são políticos de outros estados no caso a criação do Estado do Tapajós tem o dedo,a mão e principalmente a mente gananciosa do Senador Mozarildo Cavalcanti de Roraima e a criação do Estado de Carajás foi maquinado pelo ex-senador Leomar Quintanilha de Tocantins,o qual possui as mesmas iguarias de seu colega, Mozarildo.

A sociedade civil organizada, as instituições de pesquisa, os órgão governamentais e não-governamentais devem manter se em alerta para as manobras políticas, os discursos panfletários e a falta de compromisso com a vida do povo que vai ser o tom dos oportunistas de plantão.

Faz-se necessário a criação de fóruns populares, de grupo de estudos e pesquisas para que esse debate não fique restrito apenas a grupos que possuem interesses particulares; é tarefa de todos os paraenses, independente de sua cor partidária ou de sua religião, defendermos a melhor forma de nos organizarmos nesse espaço extraordinário que a mãe natureza nos concedeu para viver e usufruir de forma racional e digna.

Isso deve ser feito com o envolvimento de cada cidadão e cidadã,os quais podem utilizar esse momento para cobrar melhoria na saúde, educação emprego e renda cultura lazer, esporte e tudo mais que falta ser levado a sério em nosso Estado.

Vandelrie Maciel Pinheiro -Presidente Estadual da UNEGRO-Pa, Pedagogo - Formado pela Universidade Estadual do Pará - UEPA

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